sexta-feira, 30 de março de 2012

A Moda como Modo de Subjetivação

Do Moda Manifesto

Helena de Barros Soares*

Psicólogos e psicanalistas concordam que a modernidade traz consigo o que chamamos de declínio da “função paterna”. Isso quer dizer que os sujeitos não se orientam mais pela palavra, pelo valor que esta carregou outrora consigo, a família e as organizações com hierarquia rígida perdem a importância e impacto social. O homem não vale mais o que diz e sim como se mostra, como se apresenta. Instaura-se a era da imagem construindo uma crise do pensamento. O sujeito de hoje se inclui socialmente por saber traduzir códigos apresentados em imagens.


A propaganda, em todos os segmentos, vale-se de estímulos visuais reais e/ou virtuais para seduzir seu cliente. A credibilidade da empresa não é mais o importante. Dinamismo, capacidade de lidar (e mostrar-se) com o diferente, e principalmente a tradução da imagem é o que se exige do homem moderno. Todas essas características são também intrínsecas à Moda: um fenômeno sócio-cultural que exige de todos uma constante atualização, velocidade de ação e reação e posicionamento, mesmo que este mude de forma quase que instantânea.



Porém, ela oferece a criação como um território de existência onde qualquer um pode (desa) parecer o que e quando quiser. A indústria da Moda associada à inerente criatividade do ser humano possibilita que o infinito se coloque como limite para o vestir/aparentar. Cada um pode inventar um modo, um estilo para si compondo diferentes estilos como os propostos pelas revistas, televisão, vitrines (desde shoppings elitizados, até o cabide do camelô), feiras de artesanato, e outras janelas de figurinos que cada um de nós poderá achar (uma foto antiga, um quadro de Frida Khalo, um filme com Audrey Hepburn, etc). Somos os figurinistas de nossas próprias vidas, compositores de um guarda-roupa flutuante.



















É ponto pacífico entre diferentes estudiosos que a Moda visa comunicar; que mesmo sendo um recurso visual, ela carrega uma teia de significados conscientes ou inconscientes que afetam as relações no cotidiano. É neste momento torna-se pertinente os questionamentos das ciências sociais acerca dos efeitos subjetivos que se colocam tanto ao indivíduo como em suas relações. Assim como a arte, o esporte, a política e a tecnologia, a Moda causa efeitos e também é recurso na produção de subjetividade. 




















E aí? Será que a velocidade com que se solicita dos indivíduos atitudes que o incluam no social possibilita que os mesmos assumam sua diferença? Seria possível uma mulher de meia idade não desejar caber em um jeans de uma mulher de 20? Será aceita entre seus pares a menina de oito anos usar uma confortável calça de moletom que a possibilite subir em árvores? E mais do que isso é possível desejar algum desses exemplos e suportar a angústia de ser diferentes? A Moda mostra-se como pura possibilidade. A criação, a cultura é o que caracteriza o homem.



















Meu convite aqui é para nós, profissionais pensantes das disciplinas do social (Psicologia, Filosofia, Sociologia, Antropologia, Medicina, etc) nos coloquemos numa posição de escuta do brilhante efeito criativo da Moda e também seus mecanismos perversos de adoecimento. A Moda faz valer qualquer produção singular e a acolhe. É necessário que o homem se aproprie deste recurso rico, que é um modo de subjetivação, antes que o mesmo lhe engula.

*Helena de Barros Soares - formada em Psicologia em 2005, atua na clínica psicológica e como acompanhante terapêutica; também faz intervenções em organizações de produção de moda.

quinta-feira, 29 de março de 2012

O estilo de Everton Lélis

@EvertonLelis


O designer gráfico e estudante de publicidade, Everton Lélis, é um ótimo exemplo do estilo casual. O profissional da área de publicidade tem que estar atento a tudo que é atualidade (como vimos nesse post aqui). Uma forma de passar essa ideia de "novo" é através da roupa. Apesar de simples, esse estilo mostra confiança, inteligência e sociabilidade.

E aí o que vocês acham?

quarta-feira, 28 de março de 2012

As controversas regatas










Vistas por muitos como uma peça cafona e exclusiva do guarda roupas de bombados ratos de academia, as regatas podem ser usadas sim e com muito estilo. São facilmente vistas em looks de moda praia. Mas com esse sol que nos abençoa todos os dias aqui em Natal, não seria bacana que pudéssemos andar de regata por aí sendo feliz? Claro que não estou dizendo para você ir trabalhar com os braços à mostra. Uma ida ao cinema, supermercado, uma saída com amigos, ir à faculdade e outras infinidades de ocasiões que podemos usá-las sem medo de errar. Eu sou um eterno defensor da peça.



Se você tem dúvida se está com o corpo em dia ou não para sair por aí de regata, basta seguir a regra: um pouco acima do peso use regatas mais folgadas e evite tecidos elásticos, já os que estão abaixo do peso regatas mais justas. As de alças muito finas tem um aspecto muito feminino, evite-as. Golas cavadas alongam bastante o pescoço, logo não é aconselhável para caras muito magros. Todo mundo tem o direito de se sentir confortável, basta prestar atenção a esses detalhes, caso a aparência te preocupe.



Foi-se o tempo que somente sarados e fortes podiam vestir regatas como dito no começo do post. Hoje a atitude em se usar esse tipo de peça é completamente diferente. Um exemplo é o Tavares, baixista da banda Fresno, que está bem longe de ser um cara forte.



E para acabar com a polêmica, você pode usar uma sobreposição. São várias opções: camisa, jaqueta, casaco, colete... Como nossas terras são quentes aconselho usar uma camisa de um tecido mais leve. Nada de camisa de flanela.

terça-feira, 27 de março de 2012

Moda masculina ganha padronização de tamanhos

Do Antena Uol



O mercado masculino de moda no Brasil está aquecido e passa por um período de transformação. A partir de agora, as marcas brasileiras para homens terão disponíveis uma nova norma de padronização de tamanhos, o que promete facilitar muito a nossa vida. De acordo com a engenheira Maria Adelina Pereira, superintendente do Comitê Brasileiro de Têxteis e do Vestuário. “A nova norma depende apenas de um documento para a sua homologação”, disse.
Exemplo das informações de tamanho do corpo para nova etiqueta de paletó masculino


Apesar de não ser obrigatória, esta norma prevê a mudança do atual padrão P, M, G, GG, para medidas em centímetro, especificando altura, tamanho da cintura, quadril, tórax, pernas, entre outras, para três tipos corpos: atlético, normal e especial. Há também a possibilidade de usar tamanhos diferentes para homens e para rapazes, ou seja, para aqueles que ainda estão com a estatura em desenvolvimento.

Exemplo das informações de tamanho de corpo para a nova etiqueta de calças masculinas


 “O principal objetivo desta norma é o estabelecimento de um sistema de designação de tamanho que indica (de maneira simples, direta e significativa) o tamanho do corpo do homem ou rapazes em que uma peça de vestuário deve servir exatamente”, descreve o documento da Abnt na sua fase de elaboração. Em síntese, o que teremos é a substituição do tamanho da roupa que é adotada atualmente pelo tamanho do corpo.



Mesmo com a padronização a caminho, é importante experimentar cada peça que for comprar e observar se está no seu tamanho. Parece óbvio, mas muito homem compra roupas mais largas para disfarçar que está muito gordo ou muito magro. Isso nunca funciona.

Revista de Marte

Ano passado participei do Trabalho de Conclusão de Curso, o temido TCC, de um grupo de colegas da faculdade. A Revista de Marte idealizada pelos alunos trata de assuntos do universo masculino como saúde, esporte, comportamento e moda. Nesse último quesito me deram uma coluna para falar sobre o tema. Eu já deveria ter postado essa matéria há tempos, mas aí vai.


Clique para ampliar


segunda-feira, 26 de março de 2012

Kaiak Urbe

A Natura acaba de lançar uma nova fragrância da linha Kaiak, chamada Urbe. Inspirada nos movimentos urbanos, o perfume é voltado para homens de espírito jovem e ousado, que praticam atividades físicas. Com a correria dos grandes centros nem sempre sobra espaço para cuidar do corpo. A linha Kaiak é voltada para esse homem que mesmo com todas as suas ocupações, reserva um pouco de tempo para cuidar de si através de esportes e contato com a natureza.


O Kaiak Urbe é uma ótima opção para quem gosta de uma fragrância masculina , não muito doce, cítrica e suave. Disponível no portfólio da Natura com preço especial de lançamento no valor de R$ 64,60.

Abaixo confira o comercial do perfume gravado no Aeroporto de Guarulhos. Onde o Kaiak convida os passageiros a entrar em movimento.


Ao colocar o corpo em movimento você entra em contato com suas potencialidades, fortalece seu corpo e sua mente e evolui em busca de construir significado para sua vida. 



sexta-feira, 23 de março de 2012

Baile de Formatura

Depois de alguns anos tendo aulas muitas vezes chatas, carrascos disfarçados de professores, vendo as mesmas pessoas, essas que se tornaram grandes amigos, ou não. Testemunhando alguns de seus colegas se acharem formadores de opinião no primeiro semestre do curso (sim, faço jornalismo), nos deparamos com o fim da faculdade. A tão aguardada formatura é algo real. Tão real quanto as rugas formadas por tantas noites sem dormir, seja estudando, seja em bebedeiras com os colegas. Tão real quanto o fucking número de pessoas que cabem dentro do Circular da UFRN.


As meninas já entram na faculdade com o desenho do vestido que usarão na tão almejada noite, rabiscado na cabeça. Para nós é bem mais fácil, mas não significa que não existe dúvida. Se você é formando ainda é mais simples, vide a cafonice das formaturas que exigem todos vestidos iguaizinhos. Caso sua formatura não seja “Maria vai com as outras”, o Pós Barba vai te ajudar a se vestir:



Primeiramente devemos observar qual o tipo de traje pedido na ocasião. O mais comum é o passeio completo ou social, que exige o uso de terno, gravata e camisa. Dependendo da formalidade do evento pode-se usar um colete também. O smoking só é recomendado quando o traje é a rigor ou chamado também de black tie.



Como as festas de formaturas são sempre a noite use ternos escuros, lisos ou com risca de giz, nas cores azul ou preto. Se o terno for liso pode ser usado com uma camisa de padronagem discreta, mas com a gravata lisa.



As gravatas devem ser discretas e combinadas com a camisa, sempre num tom mais escuro. Exemplo: camisa azul claro, gravata azul escuro. Como a cor do terno é neutra (azul marinho, cinza escuro ou preto) você tem infinitas opções de cores de camisa. A gravata estampada deve ter a cor do desenho no mesmo tom da camisa.




Quanto ao que calçar use sapatos de couro e meias pretos. Os sapatos de cadarço são sempre elegantes e o cinto deve ser da mesma cor do calçado.

E abaixo a foto dos meus coleguinhas de faculdade iguaizinhos e cafoninhas mas que tanto amo!!!







Decifrando as etiquetas

Do blog Salto Agulha, da gostosa @GladisVivane


O post de hoje é uma manual de sobrevivência para os homens modernos, que lavam suas próprias roupas, mas vivem uma relação não muito amigável com a máquina de lavar.

Você tem notado que suas roupas duram menos desde que você passou a cuidar delas sozinho? Provavelmente isso ocorre porque você não presta atenção nas etiquetas!

A etiqueta de uma roupa é mais ou menos como um manual de instrução que diz como ela deve ser tratada. O problema é que a explicação vem em códigos. São várias figuras que não entendemos, e por isso não lhes damos a devida atenção.

Mas agora você pode decifrar esses códigos. É só imprimir a imagem abaixo e colar na sua lavanderia para futuras consultas.



* Gladis Vivane é jornalista e consultora de moda em Natal/RN. Formada em Comunicação Social pela UFRN, estudou moda na Itália, na cidade de Firenze. Seu blog Salto Agulha é referência aqui no estado e um dos poucos a tratar o assunto de maneira séria e sem frescuras.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Óculos bigodudos

A ‘modinha hipster’ vem ganhando cada vez mais espaço. Porém as camisas xadrez, peça fundamental no guarda roupa indie, já estão presentes em todas as tribos, logo se encontram saturadas. Então um bom hype tem que ditar tendências novas, nada de usar a mesma peça que um pagodeiro pop usa nos seus shows. O bigode e os óculos vintage de armação pesada complementam o visual daquele carinha que adora uma banda irlandesa, que toca as músicas ao contrário e depois muda a rotação na gravação. Mais indie impossível.



Então que tal bigode e óculos juntos? Por essa nem o seu amigo mais vanguardista esperava. Olha só o modelo abaixo:



Você encontra esse e mais outros diferentes modelos, em diversas cores no Amazon pelo valor de $9,99. Tem bigode loiro, ruivo, verde...





Mustache Sunglasses


Fonte: Moda para homens

quarta-feira, 21 de março de 2012

E os cintos?

Nós, pobres homens, temos poucas opções de acessórios. Ao contrário das mulheres que saem de casa parecendo uma banquinha de camelô. Maaaaas existem os cintos para nos salvar e que são uma boa pedida para quem quer dar um up no visual. Além da função de segurar as calças ou bermudas mais largas, esse discreto (ou não) apetrecho divide o visual em dois (de cima e de baixo)  fundamental para quem quer contrastar essas partes. Esse truque é bem utilizado quando estamos com um visual monocromático.


Já sabemos que diferentes ocasiões pedem maneiras distintas de se vestir, isso se estende também aos acessórios. Em ocasiões formais é interessante que o cinto combine com o sapato e seja de couro. Não necessariamente na mesma cor, mas tons iguais. Escolha tons como marrom e preto. E quanto às fivelas, as menores e mais discretas.




Os cintos são feitos de diferentes materiais como couro, lona, corrente ou tecidos. O cinto de lona é o mais utilizado atualmente devido sua gama de cores e modelos. Essa variedade ajuda bastante na hora de compor um look mais casual.






Um pouco de história

Esse tipo de acessório, tanto o feminino quanto o masculino, é utilizado desde a chamada Idade do Bronze. Seu uso variou muito de acordo com a moda de cada época. Em determinados períodos da história era uma raridade no vestuário feminino. No início dos anos 20 os homens começaram a usar o cinto como assessório estético, nessa mesma época a peça era associada aos militares.